domingo, 1 de julho de 2012

A leitura e a Escola

Escrever e ler são duas atividades da alfabetização conduzidas mais ou menos paralelamente.Ensina-se a ler e escrever letras, familias silábicas, palavras, frases e textos. Na prática, ao longo do ano escolar, se dá muito mais enfase à escrita do que à leitura. Exige-se muito mais do aluno com relação à escrita do que com relação à leitura. Isso se deve ao falto de a escola saber avaliar mais facilmente os acertos e erros de escrita e não saber muito bem o que o aluno faz quando lê, sobretudo quando lÊ em silêncio.E a escola tem a mania de querer controlar tudo. O privilegio da escrita sobre a leitura na escola se deve a essa maior facilidade de avaliação escolar.
Porém, ler, principalmente nos primeiros anos da escola, me parece uma atividade tão importante quanto a produção espontânea de textos, ou talvez ate mais importante. No mundo em que vivemos é muito mais importante ler do que escrever. Muitas pessoas alfabetizadas vivem praticamente sem escrever, mas não sem ler. Ainda mais: há muitos analfabetos de escrita que não são analfabetos de leitura. Será que se pode aprender a ler antes de aprender escrever? Sem dúvida: aliás , aprender a ler é mais fácil do que aprender a escrever. Uma criança pode começar ouvindo história, aprendendo a decifrar os sons das letras. É preciso repensar esses procedimentos em relação à escrita e à leitura na escola, dando um lugar de maior prestígio à leitura desde o início do processo de alfabetização.Uma criança que aprende a ler toma velocidade no aprendizado da primeira série.Um aluno que não lê aprenderá o resto com dificuldade, e pode passar a ter uma relação delicada com a escrita, não entendendo muito bem o que esta é nem como funciona. O objetivo da escrita é a leitur, mas quem vai escrever só é capaz de fazê-lo se souber ler o que escreve. Portanto, a leitura é uma habilidade que precede a própria escrita. Por que, então nao começar a ensinar a escrever e a ler, dando mais ênfase à leitura?
Além de ter um valor técnico para a alfabetização,a leitura é ainda fonte de prazer, de satisfação pessoal, de conquista, de realização, que serve de grande estímulo e motivação para que a criança goste da escola e de estudar.Mas, se frustramos as crianças não lhes dando essa chance ou, pior ainda, se substituímos essa leitura gostosa por textos mal escritos, enfadonhos, estranhos, o que vamos esperar delas depois? Que graça tem a escola? Para que serve ler e escrever? Para reproduzir essas iditices? Será que a escola nunca refletiu sobre o que pensa uma criança quando compara as leituras que faz em casa , de revistas e livrinhos infantis, com a leitura que a escola obriga a fazer?
vOCE ENCONTRA UMA LEITURA MAIS AMPLA NO LIVRO:
ALFABETIZAÇÃO E LINGUISTICA DE LUIS CARLOS CAGLIARI.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O médico fantasma

Esta história tem sido contada de pai para filho na cidade de Belém do Pará.
Tudo começou numa norte de lua cheia de um sábado de verão. Dois garotos conversavam sentados na varanda da casa de um deles.
- Você acredita em fantasma? - perguntou o mais novo. — Eu não! - disse o outro.
- Acredita sim! - insistiu o mais novo.
- Pode apostar que não - replicou o outro.
- Tudo bem. Aposto minha bola de futebol que você não tem coragem de entrar no cemitério à noite.
- Ah, é? - disse o garoto que fora desafiado. — Pois então vamos já para o cemitério, que eu vou provar minha coragem.
Assim, os dois garotos foram até a rua do cemitério. O portão estava fechado. O silêncio era profundo. Estava tão escuro... Eles começaram a sentir medo.
Para ganhar a aposta, era preciso atravessar a rua e bater a mão no portão do cemitério. O garoto que tinha topado o desafio correu. Parou na frente do portão e começou a fa¬zer caretas para o amigo. Depois se encostou no portão e tentou bater a mão nele. Foi quando percebeu que ela estava presa.
- Socorro! Alguém me ajude! -ele gritou, desmaiando em seguida.
Nisso, apareceu um velhinho vin¬do do fundo do cemitério, abriu o portão e chamou o outro menino.
- Seu amigo prendeu a manga da camisa no portão e desmaiou de medo. Coitadinho, pensou que algum fantasma o estivesse segu¬rando.
O garoto reparou que o velhinho era muito magro, quase transparente.
- Obrigado. Como é que o senhor se chama?
- Eu sou o médico daqui. Vou acordar seu amigo.
O velhinho passou a mão na cabeça do menino desmaiado e ele despertou no mesmo instante.
- Vão para casa meus filhos — ele disse. - Já passou da hora de dormir.
No dia seguinte, os meninos foram procurar o velhinho para agradecer-lhe a ajuda. Mas não o encontraram, nem no cemitério, nem em lugar nenhum. E foi assim que ambos perderam o medo de fantasma, quando perceberam que nem todos os seres misteriosos fazem o mal. Pelo contrário, podem até ajudar. Como aquele médico, que nunca mais apareceu.

(História do folclore brasileiro)
Heloísa Prieto. Lá vem história outra vez - Contos do folclore mundial. São Paulo:
Companhia das Letrinhas, 1997. p. 66-67

terça-feira, 12 de julho de 2011

Educação

Falar sobre educação hoje, nos abre um leque muito grande de possibilidades e necessidades, sou professora na rede pública em goiânia e a cada dia sinto que nossos alunos precisam valorizar a leitura e a escrita.
Por isso professor, desenvolva a socialização, estimule a afetividade, construa ponte produtiva nas relações sociais, estimule a sabedoria, supere conflitos e valorize o ser...

Não esqueça de contar histórias, ela desenvolve a criatividade, educa a emoção, estimula a sabedoria, expande a capacidade de soluções em situações de tensão, enriquece a socialização.

Coloco aqui algumas sugestões de atividades que podem ser utilizadas em parceria com a literatura:
* Leia para os alunos uma parte da história, provoque o interesse em saber a continuidade.
*Leia o título do livro e mostre a capa afim de que os alunos imaginem o fim da mesma.
*Leia o final da história e peça que os alunos relatem o que aconteceu antes.
*Permita o comentário sobre a história que você leu.
*Sugira que os alunos formem dupla e cada um escreva sobre o que leu ,ou que ouviu.

Considerações sobre poemas:
É importante que os poemas estejam presentes na vida dos alunos diariamente e que sejam bem trabalhados pelo professor, que deve dirijir a atenção para a forma artistica e para o lúdico. Pode-se explorar a sonoridade e a linguagem própria dos poemas infantis.
Que tal começar com as cantigas de roda, que são tão importante para elas no nivel afetivo-emocional, Isso possibilitará que o aluno aprenda o que é estrofe, verso, rima e linguagem figurada...

Um exemplo para o trabalho de leitura com poema

Em Famíla
N A Escola das Nuvens não vai ninguém
__ porque não existe Escola das nuvens

As nuvens aprendem tudo em casa.
Mamãe nuvem ensina como se faz chuva.
Papai-nuvem ensina como se faz uma chuva
DAQUELAS BEM FORTES.
Mamãe- nuvem faz assim:
CATATRÁ- Catatatrá!
Papai-nuvem faz assim:
CATATRÃ0- CATATATRÃO!
E o filhinho- nuvem faz assim:
catatrim-
catatatrim
e
cai
um
pinguinho
pequenininho
assim
que
faz
pim
pilim
pimpim!...

CAMARGO,Luís.O cata- vento e o ventilador.10ª ed.São Paulo:FTD,1998.P.4-5.

domingo, 10 de julho de 2011

Insetos nos doces

Se você toma sorvete, iogurte ou come bolacha e morango, então, provavelmente,você come inseto também. Biscoitos e sorvetes costumam conter corantes feitos com certos insetos.
Seu nome cientifico é Dactylopius coccus, mas o inseto mexicano é popularmente conhecido como cochonilha, criado em todo o mundo para gerar corante vermelho.
Para fazer meio quilo de corante são necessários 70 mil insetos esmagados e fervidos. Ao mesmo tempo, as cochonilhas são combatidas nas plantações, pois são pragas, especialmente das frutas cítricas, como a laranja e o limão.
Para saber se você come inseto, busque nas embalagens os nomes "vermelho 4, vermelho 3" ou "carmim", "cochineal", "corante CI", "corante EI20", que são sinônimos do corante feito de cochonilha.

Folha de S.Paulo, 23 AGO.2003.Folhinha.

O DIA EM QUE O SOL SUMIU

Um,dia, Amaretsu, a deusa do Sol, cansada dos maus tratos do seu irmão Susanowo, o deus da tempestade, resolveu se refugiar numa caverna celestial.
Susanowo fazia toda espécie de maldade e as tentativas da irmã em corrigir seu caráter não davam em nada.Susanowo destruía seus campos de arroz e sujava o seu templo, mas a gota d'água foi o aparecimento de uma visão assustadora. Susanowo fez um furo o teto da sala de tecer , onde as amas de Amaterasu preparavam suas vestes e fez descer um cavalo malhado, com as costas esfoladas propositadamente por ele. As amas desmaiaram de susto e Amaterasu apavorada fugiu para sempre.
A partir deste dia todas as planícies de bambu da terra e as planícies do céu ficaram na mais profunda escuridão. Isto facilitou todo tipo de atividades das divindades do mal.
Os deuses celestiais perceberam que era preciso tomar uma atitude imediatamente. Então os 8 milhões de deuses se reuniram numa assembléia, a fim de juntos elaborarem um plano para trazer Amaterasu de volta.
Plantaram uma enorme árvore e decoraram-na com jóias. Junto dela foram colocados galos que cantavam eternamente, como se anunciassem a aurora. Acenderam fogueiras e entoaram cânticos e preces.Nos galos da árvore foi colocado um grande espelho e o jovem deus Uzume iniciou uma dança alegre que logo contagiou a todos. Agora 8 milhoes de deuses dançavam e riam, enchendo o ar de alegria e sons.
Da sua caverna Amaterasu podia ouvir os sons que vinham da festa e, curiosa, quis saber o que acontecia. Abriu a porta e disse:
_ Pensei que, com minha retirada, céu e terra estivessem na escuridão. Por que Uzume dança e os deuses cantam e riem?
Uzume respondeu:
_ Fazemos festa porque há uma divindade ainda mais ilustre que você!
Neste momento dois outros deuses aproximaram o espelho e colocaram-no em frente a Amaterasu, que ficava cada vez mais surpresa ao ver aquela bela divindade. O que ela não sabia é que se tratava dela mesma. Um outro deus a tomou uma corda de palha e passou em torno de Amaterasu, impedindo que ela tornasse a se refugiar na caverna.
_ Esta corda é o seu limite. Precisamos da sua luz, grande Amaterasu.
Dali em diante a luz voltou a reinar nas planícies celestiais e nas planícies da terra.
Porém à noite Amaterasu se recolhe e vem a escuridão. No outro dia ela é trazida para fora e outra vez vem a luz. De noite a escuridão, de dia a luz. E isto é para sempre.
Bussato, Cléo
Contar e encantar: Pequenos segredos da narrativa/Cléo Bussato.- Petrópolis, Rj: Vozes, 2003.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Dinheiro compra felicidade?

"Nossa felicidade depende mais do que temos em nossas cabeças do que em nossos bolsos." A frase de Schopenhauer, filósofo alemão, sintetiza muito bem as descobertas de uma pesquisa científica realizada em 132 países.
Segundo os estudos, o aumento da renda costuma elevar a satisfação com a vida, mas não necessariamente os sentimentos positivos. Apontados por inúmeros entrevistados pela pesquisa como um elemento-chave da felicidade, tais sentimentos também foram associados ao dinheiro, mas principalmente à sensação de ser respeitado, de controlar a própria vida, de poder confiar em amigos e familiares em situações de emergência, entre outros itens.
A dra.Barbara Fredrickson, professora de Psicologia na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill,nos Estados Unidos ,afirmou que o dinheiro pode fazer alguem se sentir, até certo ponto, melhor. "Os sentimentos positivos, como o prazer e o riso, podem contudo, fazer muito mais pelas pessoas. Eles podem ajudá-las a crescer, a aprender e a se tornar uma versão mais flexível e melhor de si mesma", completou.
Os 136.839 entrevistados, entre homens e mulheres residentes em áreas urbanas e rurais, preencheram um questionário detalhado. Foram avaliados fatores como rendimentos e padrão de vida, tipos de conveniências desfrutadas por eles e atendimento ou não de suas necessidades básicas de alimentação e de moradia. Os 132 países pesquisados refletem,portanto, a diversidade das realidades culturais, econômicas e políticas da Terra,uma vez que concentram cerca de 96% da população mundial.
Publicada na edição de julho de 2010 do Journal of Personality and Social Psychology, a pesquisa contou com a coordenação de Edward Diener, professor emérito de Psicologia na Universidade de Illinois, em Urbana-Champaing,nos Estados Unidos.
Em 2011, na saudação de ano-novo, o presidente mundial da IMM, Revmo. Tetsuo Watanabe, destacou, entre outros itens, um estudo sobre a felicidade diferente do citado anteriormente. Segundo ele, de acordo com uma pesquisa feita pelo governo, a nota que os japoneses dão à sua felicidade, quando perguntados com base numa escala de zero a cem, é 65.
"Esse índice talvez não seja compativel com um país que ostenta o título de terceira maior economia do mundo", lembrou Revmo. Watanabe. " Por que será que isso acontece? Dizem que, por trás dessa resposta, estão fatores ligados ao dinheiro, como recessão e falta de emprego. Parece que muitas pessoas estão convictas de que, sem um crescimento econômico constante, será impossivel ser feliz.
Meishu-sama compôs o seguinte poema: "Quando o homem busca a felicidade confiando unicamente nos bens materiais, ela escorrega de suas mãos".
Ele deixou claro que, mesmo perseguindo a felicidade, se focarmos apenas na abundância material,não conseguiremos atingir a verdadeira felicidade".
Para saber mais : http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=dinheiro-compra-felicidade&id=5402
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/07/01/AR2010070100039.html

Saudade

SAUDADE DE VOCÊ
SAUDADE DE TE VER
SAUDADE DE BRINCAR
DE CORRER AO SOM DO VENTO.

SAUDADE DO TEU SORRISO
ME DIZENDO QUE TUDO ,
É LINDO

SINOS E SINETAS
ANUNCIAM O FIM DO DIA
NEM SINAL DA SUA VINDA
SÓ TRISTEZA SEM SUA COMPANHIA
II
MAS QUE ALEGRIA
TE VER CHEGAR
JUNTO COM OS SONS DOS SÁBIAS

NA MANHÃ DE OUTONO
NAS TERRAS DE PALMEIRAS
ONDE SE PLANTAM SONHOS

DAS PESSOAS QUE SE VÃO
E QUE SEMPRE RETORNAM
POIS SABEM QUE SUA TERRA
É SAUDADE, É SONHO , É VERDADE !
(ROSA FUZIAMA- PROFESSORA DA EDUCAÇÃO INFANTIL)